sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A Vibe da Entrega


"A vontade usada no discurso se contradiz com os atos reais. 
A multidão afirma no ar a eterna busca do Amor. 
O tempo não sintoniza... 
Uns estão entrando e outros acabando de sair. 
Uns precisando se afogar, outros necessitando respirar. 
Muitas vezes, o desejo é mergulhar cegamente, pouco importando a profundidade, mas outros se quer desejam molhar a ponta dos pés. 
Desconheço se é incoerência ou medo de iniciar, apenas sinto que poucos querem mesmo é se entregar. 
Contudo melindroso é a carência da entrega, a obrigatoriedade da harmonia e da tal felicidade. 
O medo da rendição está na falta de objetividade e na incongruência de admitir uma certa possessividade. 
Então dizer não, se torna motivo de afronto, todavia dizer sim, vamos testar, aos olhos de uns se torna bastante vulgar, aos olhos de outros, nada mais é que experimentar.
Tenho pena de quem julga o alheio. 
Passamos horas flertando o possível Amor e questionando o tempo e a possível reciprocidade. 
Especulamos tempos dentro do medo e da timidez, quando percebemos, se foi o tempo e ninguém nada fez. 
Pensamos então na teoria do destino, mas é certo que o príncipe não virá a cavalo entregar o sapato, caso não haja a perda do mesmo em suma do ato.
Porém o príncipe poderá vir devolver algo realmente perdido, mas muitas vezes, vem de brinde o cliché: Estamos em VIBE diferentes, podemos ser amigos. Aff!
Concluo então que Amar é arriscar em uma espontânea, madura e compreensiva tentativa de, totalmente, se entregar."
(Kenji Takahashi, Agosto-2012)


Nenhum comentário: