terça-feira, 12 de outubro de 2010

“SE” (2004) 

Se o “se” não fosse tão usado teríamos um mundo com mais corajosos, pessoas mais ativas, menos medo e um pouco mais de audácia.
Seriamos, um mundo de conquistas, pois antes de pensar na possibilidade do “se” já teríamos executado e com certeza nos certificado dos resultados.
As tentativas independentes do “se”, são necessárias à nossas vontades e condizentes às expectativas. 
Crer nessas hipóteses e comprová-las são atitudes inerentes a não presuposição da existência do “se”. 
Sem cogitar uma aplicação na vida, o medo iria ser um sentimento desconhecido do ser humano.
O “se” muitas vezes pode encobrir a falta de iniciativa, a falta de vontade de ir a luta, uma suposição, diríamos, de fraqueza. Forte isso né? Mas creio ser verdade.
A busca dos ideais é constante e o “se” esta presente em todos os momentos, nos impede, nos limita, nos trava e nos torna escravo de um sentimento meio incrédulo nas suas lógicas.
Tornamos, muitas vezes, escravos do “se” e distanciamos ainda mais de nossas metas.
Acreditamos na afirmação de possibilidades, não as comprovamos para testar sua autenticidade porque o “se” toma conta de nossa certeza.
O mundo do “se” significa estaquear no tempo, nas ações e na vida, dando passe livre aos extraterrestres desse mundo fundado no medo.
Bom para os vencedores dessa batalha que não usam o “se” para prever estratégias, obviamente gerando grandes atitudes.




Mais leve (2003)

Hoje tive uma visão mais ampla da vida
Ela podia ser mais simples se não a complicássemos
Talvez se eu, se você, se nós fossemos mais leves
É estranho, eu dizer isso.
Mas sei lá, fui vencido pelo cansaço de acreditar no amor ideal
Isso mesmo , sabe, estou mais leve
Deixei essa cruz pra lá
Lógico em nenhum momento deixei de me amar
Isso nunca farei, mas o outro realmente é o outro
E pra pensar igual, acho que é impossível.
Ninguém ta satisfeito , quer sempre mais
Ninguém tem o bastante , quer sempre mais
Ninguém se entrega , e quer sempre mais
Então , cansei da cruz , vou ser mais leve
O que passa pela minha cabeça e só a tristeza do fim
Sei lá, e lá na frente, quem seremos?
Isso é meu medo de ser tão leve assim
Mas não vou me auto punir pela insensatez do próximo
Posso dar um adeus, até breve ou mesmo até amanha...
E se esse dia demorar, não hesitarei , viverei, sem esperar
Espera traz ansiedade
Ansiedade traz stress
Stress traz má qualidade de vida
Eu quero mais é ser mais leve, vida longa
O outro que se dane, sei dos meus valores, acredito neles.
Não vou mentir e dizer que o amor foi embora
Mas também não mais chutar ponta de faca
Cara, eu era  palhaço e não sabia
No centro do picadeiro o choro da saudade e todos riam
Mais um tempo, volto ao picadeiro
Agora o choro da desilusão, só dava gargalhada
Mas essa atração foi ficando repetitiva
Nem eu agüentava mais
As gargalhadas nem se ouvia mais
Era o fim do show
E vc ainda acha que vou esperar ?
“fala sério”, vou viver, sonhar...
Esperar? Nem pensar.
Estou bem mais leve.

Noites de Amor - 2003




Quando a pele toca, somos fogo.
Ferve, senti e geme.
Sussurra: “eu te quero“ com cheiro de amor
Um movimento, um toque. A saliva!
Desprovido da consciência, eu vou...
Escancaro meu coração, abro a alma.
E deixo me levar pelos sentidos
Embarco no teu porto e acredito

Confio na intuição

Mais movimentos, mais toques.Um gozo!
Os sentidos perdem limite
O prazer alcança seu ápice
Somos dois em um
Um momento mágico
Onde pele e suor interagem
Um olhar
Um toque
Movimentos leves
Um abraço
Um cheiro
Um leve beijo
Um sorriso malandro
Um sussurro: “Eu te amo”


Prisma da realidade  
(08-05-2007 23:48)


Ás vezes, temos discussões necessárias e outras desnecessárias.
Conflitos com solução em um ponto comum
Guerras com pontos de vista completamente desfocados.
Penso na validade do desgaste de horas e falas sem nexo.
No conhecimento esclarecido, falado e descrito sem compreensão.
Na verdade, são pensamentos de realidades diferentes.
São visões com olhares emocionalmente diferentes.
São prismas com alterações individuais.
As realidades muitas vezes são bem distantes e a ignorância do assunto em tema, torna ainda mais desnecessário a discussão.
Podemos chamar isto de “tempo perdido” ou talvez não.
Pois desde que neste “tempo perdido” perceba-se que não vale a pena discutir tal tema com tal pessoa.
Existem situações onde queremos e quase obrigamos os outros a darem conta de nossas verdades. Podemos chamar isso de guerra.
Dificilmente encontra-se uma solução, pois ambas as partes impõem, com tanto furor, sua colocação que fica distante o fim da mesma.
Neste momento, saberemos o quanto de amadurecimento possuímos.
Persistir no interminável, repetir fugazmente a mesma fala, não se redimir de ignorâncias e muitas vezes usar de agressões, não nos deixa em um plano de muita evolução.
Quando falo de prisma da realidade, direciono a idéia no sentido de que o pensar sobre a vida é individual.
Cada qual tem suas experiências, suas idealizações, suas magoas, seus desejos, suas reivindicações e sua moral.
Imagina o quanto de consistência ideológica tem cada fala!
Assim conseguimos visualizar as interseções de padrões de realidade, para conduzirmos uma guerra a um conflito e logo a uma solução.
Ceder faz parte desta solução, ouvir e ponderar falas também nos deixa equilibrado para a continuidade de uma direção em um denominador em comum.
Acho que a clareza da palavra diálogo começa a se acender quando o prisma da nossa realidade se expande e encontra uma interseção na realidade do outro.
Assim, creio eu, as discussões se tornam necessárias.

Planilha de pontos (22/11/2004 – 23:50)



Para começar teremos que ter uma planilha com requisitos básicos, onde os pontos, a cada acontecimento, são anotados para uma avaliação precisa de seu caráter e personalidade.
Dizem que vão te conhecer pelos números de beijos, transas e ou amores, de preferência pessoas de que não se tem ódio.
Aliás, pensaram em tudo, inclusive, em quantas pessoas você já beijou.
Dependendo da quantidade você perde pontos, e ás vezes tem uma quantidade ideal para cada idade.
Os limites são rígidos e estamos na contagem a cada flertada.
O mais engraçado é que depois de trocar fluidos pela boca, jamais poderá existir amizade. Isso mesmo, os vínculos são perigosos, dizem eles.
Esses que mantém um vinculo de boa vizinhança são os mais penalizados. O ódio tem que prevalecer, entende?
A proximidade é uma ameaça ao outro relacionamento, pois o valor do passado cega o presente, a vida retrocede no tempo, no amadurecimento e na razão.
Uma emoção idiota reina nessa cabeça imatura, onde todos os valores são controlados pelo sentimento de posse, de um ser que se diz gente e que te ama.
Pena que quando uma reavaliação é feita, muitas vezes já é tarde. Obvio, os mais evoluidos falam e põem pra fora esses preconceitos, discutem esta avaliação e reformulam a nota final.
As pessoas temem o sofrimento pelo amor. Bobagem!
Usam armas fracas e sem estrutura racional, como essas “bombas de gás de preconceito”, que explodem nas mãos do seu próprio criador.
Será que julgar é o mais sensato?
Somos tão perfeitos, que os erros são sempre dos outros?
Não temos nada para crescer?
Então nunca erramos?
E seremos virgem à espera do “príncipe virgem perfeito encantado?”
É uma pena te dizer que você não é normal.
Pior é esse teu mundo da imaginação dos homens virgens...
Sinto muito, preciso lhe informar que você esta fora de moda, “está out baby, i have to say this, and i hate hipocry, so i hate you”.
Entendeu?
Não?
Resumindo vai tomar no seu cú?
Agora você entendeu?
Ai que bom, estava cansado de gritar.