Soco na Faca 2

"Sinto que nossa vulnerabilidade está no domínio de nossas carências. Percebo a unificação da dor do amor direcionada a um ser humano. Numa via de mão dupla este sentimento honesto e coeso esta longe do egocentrismo, mas numa direção unica, talvez sem reciprocidade, não cabe nenhum sofrimento. 
Considero errôneo esta busca solitária da supressão de uma carência imatura. Talvez a dependência do ter que amar, nós torne tão obtuso ao novo. 
A sensação de singularidade nós leva a prisão de um paradigma da emoção. Sim, aqui delibero minha fragilidade e encarno a inércia como resolução. 
Que me tirem as vendas dos olhos para visualizar novas possibilidades, que abram meus ouvidos e me façam escutar uma fresca melodia inovada, que me agucem o olfato para o odor de uma perspectiva palpitante. 
Caso, ainda assim, escolha a apatia, estou ciente, o que me resta é a imensa ferida do golpe direto na arma pontiaguda."
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Tudo Novo de Novo

"Vamos lá de novo, acreditar que um sentimento cresça e se torne, talvez um Amor. Sim a caminhada se assemelha a mesma que um dia foi trilhada, vivida e finalizada. Confesso ter medo, mas o fascínio é o risco de saber que nunca é a mesma estrada. Pode parecer similar, mas os personagens desenvolvem roteiros únicos. O medo da lugar a curiosidade regada a uma paixão e a descoberta do interessante convívio. Prazeroso é deixar fluir num querer harmônico e uma sintonia de desejos. Declaro a sinceridade o combustível para a continuidade. Então me exponho em emoção, caso queira diga sim, vamos seguir. Caso não queira, não faça ao nada nos dirigir."
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Amante Crédulo

"Mesmo com todas as dubiedades e imprecisões, não sou vencido por teorias e ou regras de um mundo em mutação comportamental, imputo-me as devidas consequências. Em mim perdura o crédulo no AMOR."   
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Futuro volúvel

"Ainda planejamos o tempo futuro, ações, bens, amores... Teorizar possibilidades é um vicio humano, necessário diante de uma lógica sem emoção, mas improvável numa ótica da sensibilidade dos homens. Somos inábeis diante de uma determinação sentimental, volúveis na coerência de uma resolução afetiva. Sim, infringimos preceitos para depor em nosso favor, quando a incoerência nos obriga a agir pelo instinto do querer. Nesses momentos negamos até mesmo nossas promessas. Como dito antes, promessas remete a futuro e ou planejamento de uma flama. Pobre de nós humanos, mutáveis, instáveis e variantes ao nosso egocentrismo sentimental. Um dia ama a lua, no outro ama o sol." 
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Preço da coerência

"A vida nos da a liberdade de fazermos tudo, porém nos cobra a maturidade do preço de tais atitudes.  Muitas vezes, seres de memoria curta exigem comportamentos do mundo com o qual não selou uma verdade. Sem dúvida, a vida é um eco, ação e reação. Exigir do espelho um comportamento diferenciado é uma trágica e surreal comédia, onde o palhaço é o próprio autor da reivindicação. Requerer necessita conquista e não apenas o titulo de poder. Requisitar demanda, no minimo, o exemplo de tal afirmação instituída. Não se cobra o que não se faz, não se exige o que não é instituído na própria vida. Peço apenas coerência." 
(Kenji takahashi, Outubro-2012)

Sim, sou humano

"Somos expectativas e dúvidas e nas escolhas não seguimos nossa intuição. 
Somos domados pelo instinto, que não avalia, não mede, apenas age no impulso da emoção. Somos falsos maduros seguindo numa linha tênue, na tentativa do equilíbrio do comportamento, não racionalizamos, cedemos facilmente ao sentimento. 
Seja na impulsividade de uma sedução ou na frieza de uma finalização, percebe-se os atos irrefletidos, mas fundados nos desejos individualizados. 
Sim, sou humano, sou emoção."
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Querer ou Desejar

"Mais que querer, precisamos desejar. As vezes, querer se torna tão volúvel que se desfoca facilmente. Mas desejar é um querer focado, uma vontade insana, mas coerente, Intensa, mas consistente. Portanto desejo apenas a FELICIDADE PLENA."
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Verão após verão

"O próximo verão é uma expectativa da busca da novidade ou oportunidade de algo melhor do que já temos, mas nossa ânsia ou ganância emocional elege o ego como foco principal. O sol sempre brilha e é quente como sempre, o mar tem ondas e sempre frio, a areia é sempre areia e gruda nas estranhas de nossa pele como sempre grudou... E nosso coração é sempre emoção? 
Verão após verão, não vejo inovação na atitude, na fala ou na ação direcionada. 
Verão após verão vejo a mesmice da frivolidade dos atos num objetivo sem densidade. Não julgo as tentativas da procura do amor, mas ando com preguiça da inércia da emoção alheia. 
Verão após verão sinto a imensa importância do meu próprio e simples coração."
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Cronologia do Amar

"De um lado o frescor da pouca idade, a curiosidade, as tentativas sem cobranças, a experimentação, as novidades, a construção de um pensar. Do outro, uma obrigação assertiva, ações pensadas e medidas, probabilidades de uma hipótese, uma consolidação de um viver e o foco em não falhar. 
Sem rigidez ou engessamento, as situações são desencontradas na cronologia de uma busca. Por mais que se diga Amor, se fale de Amor e deseje o Amor, esta desordem de ações e desejos impossibilitam uma interseção emocional. 
Na inverdade de um discurso transitório, seja prudente, evite promessas, pois na carência de um sentimento consistente pode ser edificado um castelo de areia latente. 
Então como não falar do entroncamento da cronologia do Amar..." 
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)

Na contramão

"Fomos na contramão achando que a intransigência seria uma forma de conquista, tolos fomos, pois todo o tramite de informações e cultura enraizadas naquele sistema foi impiedoso...um massacre, talvez uma carnificina. Uma bandeira levantada é quase uma morte predestinada, uma ideia inovadora é julgada e condenada a tradição dos idiotas. Mesmo que o mundo clame por contemporaneidade, a cegueira inunda a pobre mente humana sedada pela comodidade inalterável. Somos nossos próprios percalços e eles nos impedem o desejado amadurecimento." 
(Kenji Takahashi, Outubro-2012)