terça-feira, 16 de abril de 2013

Gozo egoísta


"De volta aos braços desejados percebe-se um latente egoismo, pois antes do querer ou sentir, prioriza-se o ter. Dentro disso, sinaliza o tempo em questão, o agora, algum futuro inexiste nesta linha de construção. Escravizamos nosso sentimento ao simples momento e dele o fruto do imediatismo emocional. A posse passa ser o ideal, o domínio determina o usufruto do desejo descompensado. 
Não limitamos ao uso, mas aproximamos da manipulação das ações quando percebemos a perda. O objeto humano, em questão, necessita apenas do gozo e do jogo, no poder pelo monopólio. Cabe então a denominação clara para as formas do relacionar, não julgo qualquer que seja ela, porém peço a antecipação do cenário, não tenho a capacidade de aceitar papeis que me façam sofrer."
(Kenji Takahashi, Abril-2013)

Defensivo Amor


"Refaço a bagagem recém chegado de uma viagem, hora do novo embarque. A barganha inclui um novo roteiro, mas o resguardo do vestígio de um passado reduz a magnitude da motivação. O prólogo das romagens, geralmente, exigem um vestuário fogoso, mas levo comigo indumentarias para tempos gélidos, pois no desfecho da peregrinação sempre recai um estranho frio. Não me sinto pessimista, apenas blindo meu sentimento de sobressaltos indesejados."
(Kenji Takahashi, Abril-2013)

Fuga


"Então o mundo se estende no individualismo. A rotina da vida prescreve a auto suficiência e a ausência do calor humano costumeiro. Automatizamos a frieza, o excesso de objetividade e o descarte pela gana egocêntrica... O conforto da emoção não tem mais moradia. O mundo banalizou o afeto, o carinho, a consideração, ficou obvio, o interesse demoliu o caráter. Especulo, o humano mundo traiu sua própria alma e assim segue em fuga." 
(Kenji Takahashi, Abril-2013)

Incansável Amor


"E esta ânsia que inunda o meu tempo de incertezas da emoção... 
Dias penso no surgimento, num acaso ou numa inusitada aparição. 
Me rodeia o vazio das possibilidades, me amedronta as regras internas, as limitações e as fartas necessidades.
Nesta leve penumbra que encobre a alma, cintila amor perseverante, calejado e esperançoso... Ilumina.
Nas cenas reprisadas, nos atos repetidos e visados, resplandece ainda uma perspectiva . 
Então me nego a eximir a confiança, a cumplicidade, a compreensão, o desejo...
Incansável é mesmo o AMOR." 
(Kenji Takahashi, Abril-2013)

Leve visão

"Basta pensar positivo e ter uma visão mais leve...a felicidade pode estar mais perto do que imaginamos....." (Kenji Takahashi)

Naõ me Obrigue


"Não me obrigue, por favor. Não me abrigue a ser o que não sou, a gostar do que não curto, a rir do que não acho nada de graça e estar com quem não me acrescenta em nada. 
Não me obrigue a me violentar e a me sentir sujo após qualquer ato direcionado. 
Não me leve a mal e nem me julgue por escolher por estar, fazer e denominar o que faz bem. 
Assim sendo, me deixe feliz... Não me obrigue." 
(Kenji Takahashi, Abril-2013)

Arte de Conviver


"Conviver é realmente uma arte. Porém que fique claro, neste espetáculo, não queira que eu seja o Palhaço. Pois o show pode nem começar."
(Kenji Takahashi, Março-2013)

Sem promessas

"Não me prometa nada, nada... 
Apenas me surpreenda, dia a dia, com toda a solidez do seu AMOR. 
Promessas precisamos cumprir, sentimentos deixamos, verdadeiramente fluir." 
(Kenji Takahashi, Março-2013)

Fabrica de Amor


"Fácil seria seguir a lista de nossas necessidades com as características de nosso desejo e embutir num ser arquitetado. Montar um protótipo ideal, seria uma tarefa estimulante e original, sabendo assim que todas as escolhas foram feitas por nós mesmos, na tentativa de diminuir o efeito surpresa. 
Sim, assusto com a mutação de caráter, com os delírios momentâneos e a psicose não pronunciada, porém nos mostramos fracos e inseguros com a ideia de evitar o inesperado DESEJO HUMANO.
Vale anunciar que esta predileção aprovada, nos encrava a obrigação de ter que dar certo. Assim não existiria a parte do outro, pois os critérios fariam parte de nossa posse. Nesta louca e alucinada tentativa de suprimir o medo da perda, nos revela um ser inconsistente e instável, prisioneiro do medo...
Portanto nego a previsão das emoções, deixo sobressair a índole. 
Confio a graça da vida no risco consciente, na audácia da convivência, na ondulação das emoções e no mar de possibilidades.
Confio a graça da vida na consistência de valores, na vontade de estar, na cumplicidade e na simplicidade da arte do AMAR." 
(Kenji Takahashi, Março-2013)