"Tomamos direções que nem sabemos onde finalizam. Arriscamos o tempo, as horas, a vida. Percebemos a clareza dos momentos de hesitação, desejamos que tudo se congele para uma tomada de decisão. A gana é não perder segundos e gotas do viver, pois a cronologia faz do tempo um molde, um tempo que se faz perder.
Sentimos a nevoa na diretriz do alvo, assim questionamos a mudança de estratégia para chegar onde nem mesmo há um objetivo conhecido. Então busca-se viver melhor, aspira-se conquistas e sonhos, mas ainda assim, na solidão do leito, interpela-se sobre o porque desta incessante sede do triunfo, um mar de duvidas!
Prezo a busca com causa nobre, sem ganancia, sem soberba, sem frivolidades.
Prezo a busca do querer bem e da consistência humana, prezo o foco na mútua felicidade.
Nesta rota sem timoneiro com incertezas concretas e descrenças esporádicas só nos resta nosso confidente eu interno, onde o rumo a ser tomado é definido pela intuição de um residual legado."
(Kenji Takahashi, Setembro-2012)
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