sexta-feira, 1 de julho de 2011

Do Lado de Lá



Daqui  vejo uma mata vigem.
Vejo alguns raios de luz, mas sem definição.
Olho atentemente e sinto calafrios, um frio na barriga.
Instiga a vontade de ir em frente e desbravar.
Lógico, o medo é presente e bem real.
Mas a angustia do desconhecido somado a descoberta do novo, 
me leva a mais um passo.
Tenho momentos de solitude, mas confesso que sinto.
Mas muitas vezes, sua presença é quente e segura.
Mas, ás vezes, inexistente.
Essa oscilação de sensações acelera minha busca.
Parece um ritmo alucinante,
com bastante medo de doer.
O problema são as expectativas.
Medo da não correspondência, da desilusão.
Medo de perder encanto.
Me pego refém das dúvidas...
Já criamos medos, desconhecendo o futuro.
Já defendemos do inesperado.
Parecemos cansados da existência contraditória.
Engraçado é ir além do inusitado;
O impulso de ir em frente pede o avanço.
E eu vou...
Ousadia, perseverança, coragem.
Que seja um simples momento, um dia ou uma vida
Mas é incessante a ânsia da conquista.
Pausas longas, respiramos e seguimos.
Ali bem perto ou muito longe, pode ter alguém
Uma alma gêmea, um sentimento.
Ali bem perto ou muito longe, pode ter ninguém
Um nada, apenas um momento.
Não se sabe o que pode sentir.
Mas é sabido o que se pode doar para tudo existir.
Calor, carinho, atenção e muito amor.
Do lado de cá é o que vejo do lado de lá.
Mas do lado de lá só terei a certeza,
perdendo o medo de me doar.

Nenhum comentário: